O presidente do Maláui, Bingu wa Mutharika, morreu nesta sexta-feira (06/04), aos 78 em um hospital da capital Lilongwe, um dia depois de sofrer uma parada cardíaca, informou um funcionário do hospital. As informações são da agência de notícias France Presse, mas o governo já confirmou o falecimento.
Segundo essas fontes, citadas pelos sites dos diários locais Malawi Voice e Nyasa Times, os médicos não conseguiram reanimar o coração do presidente, que chegou inconsciente ao Hospital Central de Kamuzu, em Lilongwe, a capital do país. Cogitou-se levá-lo à África do Sul para tentar a reanimação, mas não houve tempo hábil para essa medida, pois ele já se encontrava clinicamente morto.
O chefe de Estado desmaiou nesta quinta-feira durante uma audiência, e em seguida foi levado ao Hospital Central de Kamuzu. O líder foi internado na unidade de terapia intensiva do hospital.
De acordo com o “Nyasa Times”, a esposa do presidente, Calista Mutharika, foi informada formalmente da morte de seu marido e recebeu a notícia “com comoção”.
De acpordo com a Constituição malaui, se o presidente ficar impossibilitado de exercer suas funções ou morrer, o seu vice (neste caso Joyce Banda) assume o poder.
Na prática, no entanto, o ministro de Relações Exteriores, Peter Mutharika, irmão do chefe de Estado, está assumindo o poder na sua ausência.
Mutharika dirige o Maláui, um dos países mais pobres do mundo, desde 2004, quando venceu as eleições.
O líder, reeleito em 2009, gozava no início de uma reputação de democrata reformista que em 2011 foi questionada em razão de protestos maciços contra a alta dos preços, o racionamento de combustíveis e a corrupção.
As críticas a Mutharika se intensificaram ainda mais no ano passado, quando a embaixada do Reino Unido comentou, em um documento privado divulgado pelo Wikileaks, que o líder malaui estava se tornando “autocrático e intolerante”. A resposta do presidente do Maláui foi expulsar o embaixador britânico no país, Fergus Cochrane-Dyet.
Após este fato, vários países ocidentais decidiram retirar as ajudas ao desenvolvimento destinadas ao Maláui.
(*) com agência de notícias
(*) crédito da foto: Efe
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