O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, renunciou ontem (18/05) ao cargo. Ele está preso desde o último dia 14 em Nova York, após ser acusado de abuso sexual e tentativa de estupro por uma camareira de um hotel de Manhattan, onde estava hospedado. Mesmo depois de renunciar, Strauss-Kahn continua se declarando inocente das acusações.
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Em comunicado divulgado pelo FMI (leia aqui a versão em francês), Strauss-Kahn, de 62 anos, disse ter informado ao comitê executivo do órgão sua intenção de deixar o cargo imediatamente. Ele afirmou que decidiu apresentar a renúncia “com infinita tristeza”.
“Neste momento penso primeiro em minha mulher – a quem amo mais do que qualquer coisa –, em meus filhos, em minha família, em meus amigos. Também penso em meus colegas no Fundo; juntos, alcançamos tantas coisas grandes nos últimos três anos”, disse.
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Strauss-Kahn, que está detido na Prisão de Rikers Island, em Nova York, deve fazer um novo pedido de liberdade sob fiança ainda hoje (19/05). No começo desta semana, a Justiça de Nova York negou um pedido de fiança, no valor de US$ 1 milhão, alegando que ele poderia fugir dos Estados Unidos para a França, seu país de origem.
Após reafirmar que nega “com a maior firmeza possível” as acusações contra ele, Strauss-Kahn disse querer proteger o FMI e dedicar toda a força e energia em provar sua inocência. O FMI afirmou que informará “no futuro próximo” sobre o processo de seleção de um novo diretor-geral.
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O atual vice-diretor-geral, o americano John Lipsky, vem exercendo o cargo interinamente desde a prisão de Strauss-Kahn. A relação de potenciais candidatos, com o apoio dos europeus e norte-americanos, inclui a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, e o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown.
Dos países emergentes, querem concorrer ao cargo o ex-ministro da Economia da Turquia Kemal Dervis, o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, e o ex ministro das Finanças da África do Sul Trevor Manuel.
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