O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, reconduziu ao cargo nesta segunda-feira (14/02) o primeiro-ministro, Salam Fayyad. Desde 2007 como primeiro-ministro, Fayyad, de 58 anos, havia renunciado também nesta manhã. O objetivo é que ele, agora reconduzido, forme um novo governo inclusive anunciando cortes de pastas. No entanto, a decisão causou protestos na Faixa de Gaza onde o movimento Hamas informou não aceitar a recondução de Fayyad.
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Segundo integrantes do Hamas, o processo foi ilegal. Em Gaza, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, afirmou que, além de ser “ilegal” a recondução de Fayyad, o movimento se recusa a aceitar a formação de um novo governo.
No sábado, Abbas anunciou para setembro as eleições presidenciais e parlamentares. Segundo ele, a meta é renovar a legitimidade. A iniciativa ocorreu logo depois de o então presidente do Egito, Hosni Mubarak, renunciar na última sexta-feira e do ex-presidente da Tunísia, Zine el-Abidine Bem, ser pressionado a deixar o poder, depois de 23 anos.
Segundo a legislação palestina, o novo governo deve ser aprovado pelo Conselho Legislativo Palestino, em até três semanas. Esse prazo pode ser prolongado em até cinco semanas. O Hamas tem maioria absoluta no Parlamento – que continua dissolvido desde que o movimento assumiu pela força o poder em Gaza em 2007.
A cisão política, que põe em lados opostos a Autoridade Nacional Palestina e o Hamas em Gaza, impede a realização de eleições, apesar dos mandatos presidencial e legislativo terem já expirado.
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