Como já havia anunciado anteriormente, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, renunciou nesta sexta-feira (21/12), após o Parlamento aprovar o Orçamento nacional de 2013ximo ano. O anúncio foi feito pelo escritório do presidente Giorgio Napolitano.
Imediatamente após a votação, aprovada por 309 votos a favor, 55 contra e 5 abstenções, o tecnocrata apresentou sua renúncia ao chefe de Estado. Sua saída do governo foi provocada pela retirada de apoio do PdL (Povo da Liberdade), partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e abre caminho para uma eleição legislativa antecipada, prevista para fevereiro.
Agência Efe (21/12/12)
Mario Monti é aplaudido pelo Parlamento italiano após anunciar sua renúncia
Seu mandato foi marcado por um rigoroso equilíbrio fiscal, em consonância com a troika (grupo de credores formados pelo Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) e que deixou a Itália com alto índice de desemprego e sem mostrar sinais de recuperação econômica.
NULL
NULL
O italiano assumiu a chefia de governo em novembro de 2011. Já em 4 de dezembro daquele ano, apresentou um duro plano de cortes no valor de 30 bilhões de euros, e anunciou também a reforma da Previdência, em que a idade de aposentadoria aumentará progressivamente até 67 anos.
Posteriormente, o Executivo de Monti também aprovou um pacote de liberalizações e de simplificação dos trâmites burocráticos.
Napolitano deve dissolver o Parlamento nos próximos dias, e já indicou que a data mais provável para eleições é 24 de fevereiro de 2013. Até decidir os próximos passos de sua sucessão, Monti deverá continuar no cargo de forma interina.
Ainda não se sabe se Monti concorrerá à reeleição, mas ele tem o apoio de quatro legendas ligadas ao centro.
(*) com agências de notícias internacionais