O primeiro-ministro da Síria, Wael al Halqi, saiu ileso nesta segunda-feira (29/04) de um atentado contra seu comboio no centro de Damasco. “A explosão terrorista em Mazze (bairro da capital) foi uma tentativa para atingir a caravana do primeiro-ministro. O doutor Wael al Halqi está bem”, informou a televisão estatal.
Segundo a emissora, pelo menos seis pessoas morreram no ataque e outras 15 ficaram feridas. A explosão ocorreu perto de um jardim público e de uma escola no bairro de Mazze – zona fortemente vigiada pelas forças de segurança, onde estão instaladas instituições governamentais e militares e vivem dirigentes do regime.
O presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, disse por telefone à Agencia Efe que o atentado foi realizado com um carro-bomba e que um dos acompanhantes do primeiro-ministro morreu.
Agência Efe
Primeiro-ministro sírio, Waek ak Halqi, conseguiu escapar do atentado que matou seis pessoas
A guerra na Síria matou já mais de 70 mil pessoas, segundo as Nações Unidas. Cinco milhões tiveram de fugir das suas casas, 1,4 milhões dos quais procuraram refúgio em países vizinhos.
Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo russo criticou o ataque a Wael al Halqi. “Condenamos categoricamente essa nova ação criminosa dos extremistas. Expressamos nossas condolências às famílias dos mortos e desejamos uma rápida recuperação aos feridos”, indicou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em seu site.
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Para a Rússia, outros países também deveriam aderir a condenação da explosão do carro-bomba.
Essa não é a primeira vez que ocorre um atentado na capital contra as autoridades do regime de Bashar al Assad. No dia 18 de julho de 2012, uma brigada rebelde articulou um atentado contra a sede da Segurança Nacional em Damasco, uma ação que também foi condenada por Moscou.
Embora tenha condenado o atacado registrado hoje em Damasco, o Kremlin reiterou que não apoia o regime de Assad e nem ação dos rebeldes, já que o objetivo político de Moscou é frear a violência no país que é tido como seu último aliado no Oriente Médio
(*) Com agências de notícia internacionais