A Procuradoria de Lille, no norte da França, arquivou nesta terça-feira (02/10) a investigação preliminar aberta por estupro contra o ex-diretor gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn.
A investigação estava baseada no depoimento de uma jovem participante de uma das festas secretas organizadas em um hotel de Washington em 2010 e das quais supostamente participou Strauss-Khan.
NULL
NULL
Porém, a jovem posteriormente voltou atrás e qualificou os fatos de simples “jogo sexual” e, por isso, o promotor decidiu fechar o caso.
O jornal francês Le Monde lembrou nesta terça (02/10) que a Procuradoria abriu o processo no último dia 21 de maio, depois que os juízes que instruem o chamado caso Carlton, que investiga uma suposta rede de prostituição ao redor dos hotéis Carlton e Dês Tours em Lille, lhe passassem o testemunho dessa jovem.
Em suas declarações perante policiais franceses e investigadores belgas, a jovem, conhecida como Marion e chamada de Marie-Anne S., havia assegurado que, embora não tivesse gritado para expressar sua recusa a manter um segundo encontro sexual com Strauss-Kahn, disse “várias vezes claramente que não em voz alta”.
Segundo seu relato, um dos empresários amigos do ex-dirigente, David Roquet, pegou suas mãos para impedir que resistisse, mas a jovem se recusou a apresentar uma denúncia por considerar que o fato não teria acontecido se ela não fosse uma “acompanhante”.
A Procuradoria queria confirmar essas alegações de violência antes de decidir se arquivaria a investigação ou a repassaria a um juiz de instrução, e se inclinou pela primeira opção depois que a menina esclareceu que, apesar de ter negado em um primeiro momento voltar a deitar-se com Strauss-Kahn, acabou aceitando.
O jornal lembra que esta decisão não influencia no avanço da instrução empreendida pelos juízes no caso Carlton, no qual o Tribunal de Apelação de Duai decidirá no próximo dia 28 de novembro se aceita o pedido de Strauss-Kahn para anular o procedimento.
Nesse caso, no qual Strauss-Kahn é acusado de proxenetismo, se investiga também se houve desvio de fundos, fraude e lavagem de dinheiro na organização dessas festas nas quais Strauss-Kahn reconheceu ter participado, mas ignorando, segundo ele, que havia prostitutas.