O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, afirmou nesta terça-feira (12/04) que os produtos da região em volta da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no nordeste do país, são seguros, apesar dos vazamentos radioativos ocorridos depois do terremoto e do tsunami que atingiram a instalação em março. Kan disse que os níveis de radiação agora estão caindo e que o consumo dos produtos locais são uma forma “de dar apoio à região”.
“As pessoas não devem ficar em um estado extremo de comedimento. Devem viver uma vida normal, disse Kan em entrevista coletiva. “Pouco a pouco, os reatores da Usina de Fukushima Daiichi estão se aproximando da estabilidade”, acrescentou.
Segundo a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), dados coletados a partir das últimas análises de alimentos mostraram que a contaminação na região estava abaixo dos limites estabelecidos pelo Japão.
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“Amostras de vários vegetais, frutas, carnes, frutos do mar e leite de oito províncias indicaram que iodo 131, césio 134 e césio 137 não foram detectados, ou então estão abaixo dos valores regulamentados”, informou o vice-chefe da Aiea, Denis Flory.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), por sua vez, afirmou que os riscos à saúde em decorrência do acidente não pioraram. “Nossa avaliação de saúde pública é a mesma de ontem [11]”, disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl. “No momento, há pouquíssimo risco de saúde pública fora da zona (de evacuação) de 30 quilômetros.”
As autoridades japonesas elevaram a gravidade da crise nuclear no país para o nível sete, o máximo. A decisão foi tomada depois da medição da radioatividade na usina, segundo informações da rede NHK.
O nível mais alto para acidentes nucleares só havia sido usado anteriormente durante o desastre de Chernobyl, em 1986. Até agora, o grau de gravidade da crise nuclear no Japão estava no nível 5, o mesmo do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979.
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