Os professores chilenos rechaçaram nesta quarta-feira (07/09) a proposta educacional apresentada pelo governo de Sebastián Piñera. De acordo com a rede de notícias TeleSur, o colegiado alegou que as mudanças e o cronograma de trabalho elaborado não correspondem com as exigências.
“As mudanças governamentais não satisfazem nem dão garantias ao movimento estudantil de que temas como o fim do lucro, a desmunipalização e a reforma constitucional serão atendidos”, argumentou o presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajado.
Para ele, tanto o cronograma de trabalho quanto o programa apresentado foram elaborados apenas de acordo com as prioridades do governo.
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Por meio do Twitter, Gajado declarou que se unirá as mobilizações convocadas para quinta-feira (08/09) pelos estudantes.
Além disso, o presidente do Colégio de Professores contou que argentinos e chilenos se reunirão no chamado Cristo Redentor, na Cordilheira dos Andres – fronteira entre os dois países -, para realizar “um grande abraço de irmandade pela educação pública”.
Nesta quarta-feira, a presidente da Confech (Confederação dos Estudantes do Chile), Camila Valejjo, ratificou a convocação para a paralisação desta quinta-feira (10/09) depois de ter anunciado no último no sábado 904/09) a suspensão dos protestos devido à comoção pública provocada pelo acidente aéreo que deixou 21 mortos.
Há três meses, estudantes e professores lideram grandes protestos para exigir educação pública gratuita e de qualidade no país. O sistema educacional chileno é majoritariamente privatizada, devido as reformas instauradas desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Atualmente, apenas 40% dos estudantes estuda em escolas públicas, enquanto no ensino superior não existe educação gratuita. Para ingressar nas universidades, os estudantes devem optar por créditos internos das instituições ou de bancos privados.
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