O chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama), Staffan de Mistura, qualificou hoje (8/9) de “repugnante” o plano de uma igreja americana de queimar cópias de Alcorão, e advertiu que a ideia pode instigar a ira dos insurgentes afegãos.
“Quero expressar nos mais duros termos nossa preocupação e indignação sobre o anúncio feito por um pequeno grupo religioso de queimar o Corão”, afirmou Mistura em comunicado, quem pediu aos promotores do plano que desistam de seu propósito.
A queima do livro sagrado islâmico foi anunciada para sábado por Terry Jones, pastor da igreja cristã Dove World Outreach Center, do estado americano da Flórida, por ocasião do aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Leia mais:
Temendo reação em cadeia, Casa Branca e Pentágono tentam conter queima de Alcorão
Ramadã à brasileira: como os muçulmanos de São Paulo passam o mês sagrado do Islã
Galeria de imagens: Muçulmanos no Brasil celebram o Ramadã
Islã ganha adeptos no Brasil como religião que une povos perseguidos
Segundo Mistura, o exercício da liberdade de expressão não deve ser confundido “com a intenção de ofender a religião e as crenças de milhões de pessoas”.
“Se essa ação repugnante acontecer, só instigaria os argumentos dos que estão contra a paz e a reconciliação no Afeganistão, e poderia pôr em perigo os esforços de muitos afegãos e estrangeiros que tentam ajudar o país”, acrescentou.
Tanto a Casa Branca como o chefe das tropas internacionais mobilizadas no Afeganistão, general David Petraeus, mostraram preocupação com a queima de Alcorão, um assunto que já suscitou protestos nesta semana em Cabul.
NULL
NULL
NULL