Após conversa telefônica com o mandatário da França, François Hollande, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente russo, Vladimir Putin, reafirmou neste domingo (22/06) que respalda o plano de paz ucraniano, mas ressaltou que “é preciso conseguir a cessação de todas as ações militares” no leste da Ucrânia. Putin destacou também a importância que as partes em conflito comecem a dialogar e que as intenções o chefe de Estado ucraniano devem estar respaldadas por um “cessar-fogo real”.
Agência Efe
Nacionalistas ucranianos marcham em protesto contra separatistas do leste do país
“Ontem à noite vimos um trabalho bastante ativo da artilharia no lado ucraniano. Não poderia afirmar quem o faz, mas isto acontece e é preciso conseguir a cessação de todas as ações militares”, disse Putin à imprensa após fazer uma oferta de flores aos pés do túmulo do Soldado Desconhecido, junto à muralha do Kremlin.
Como já havia sinalizado ontem, o líder russo voltou a afirmar que é importante estabelecer, com base na trégua, um diálogo entre todas as partes em conflito para achar um compromisso aceitável para todos.
Segundo ele, isso é essencial para que os moradores das regiões orientais da Ucrânia, de maioria russófono, se sintam parte do país, com os mesmos direitos garantidos pela Constituição.
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Até agora, as autoridades ucranianas se negam a entabular negociações com os líderes da sublevação nas regiões russófono de Donetsk e Lugansk, a quem tacham de “terroristas”.
Líderes ocidentais
O governo francês informou hoje que Hollande, Merkel e Putin conversaram pela segunda vez hoje – a primeira foi quinta-feira – sobre o anúncio de cessar-fogo feito pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
De acordo com o informe, eles “pediram a todas as partes do conflito que cessem as hostilidades e ao presidente russo que favoreça o retorno às negociações”.
Hollande e Merkel “lembraram a importância de garantir plenamente o controle da fronteira russo-ucraniana para evitar a infiltração de materiais e de homens armados”.
Plano ucraniano
O plano de paz de Poroshenko inclui, entre outras medidas, uma anistia, o desarmamento das milícias e a criação de corredores seguros para que os combatentes estrangeiros possam abandonar o território da Ucrânia.
“Agora, temos forças suficientes e vontade política para assestar um golpe decisivo às formações armadas ilegais”, afirmou ontem à noite o presidente ucraniano em mensagem à população.
Ao mesmo tempo, reforçou que, apesar de Ucrânia estar preparada para restabelecer sua integridade territorial, Kiev neste momento concede prioridade à via pacífica.
“O cessar-fogo iniciado por nós não significa que os soldados ucranianos tenham proibido responder o fogo”, esclareceu Poroshenko.
(*) com informações da Agência Efe