Uma empresa estatal chilena começou nesta quarta-feira (03/08) a pagar os 40% das indenizações trabalhistas que a mineradora San Esteban, proprietária da mina San José, ainda devia aos 33 mineiros de Atacama e a outros 261 colegas que ficaram sem trabalho há quase um ano, depois do histórico acidente.
Faltando dois dias para o aniversário do desmoronamento da mina, a Enami (Empresa Nacional de Mineração) entregou nesta quarta-feira, em sua sede em Copiapó, os cheques correspondentes a 145 antigos trabalhadores da mina, disseram à agência de notícias Efe funcionários da empresa.
Efe
Panorâmica da cidade de Copiapó, local onde, há um ano e um dia, 33 mineiros ficaram soterrados durante 70 dias
Espera-se que outros 80 trabalhadores retirem seu dinheiro na quinta-feira (04/08), enquanto os demais, até somar cerca de 300 operários, poderão recolher o pagamento nos escritórios da Enami em Santiago. Com isso, já terão recebido a totalidade da quitação.
Às portas do edifício da Enami em Copiapó, estavam três dos protagonistas da epopeia – Pedro Cortés, Carlos Bugueño e Jimmy Sánchez -, que, junto a outros 30 companheiros, resistiram durante 70 dias a 700 metros debaixo da terra.
Leia mais:
Após um ano do acidente, 261 mineiros ainda não receberam indenização
Mineiros resgatados no Chile processam o Estado por negligência
Acidentes em minas no Chile já mataram onze após resgate de mineiros
“Nenhuma casa foi construída”, diz prefeito de cidade chilena devastada por terremoto de 2010
Chile: 500 mil pessoas passaram a ser pobres após terremoto de 2010
Mineiros chilenos são vítimas da flexibilização trabalhista
Sánchez, de 19 anos, foi buscar o pagamento acompanhado de seu pai, Juan, e não pôde esconder seu alívio, já que, desde que recebeu alta hospitalar em dezembro passado após o acidente, não encontrou trabalho, declarou à Efe.
Também para Pedro Cortés, de 26 anos, era cada vez mais necessário receber esse dinheiro. “Finalmente chegou a hora, finalmente foi paga a quitação, graças aos 300 companheiros que estavam fora e ao apoio que tiveram de algum de nós”, contou.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL