Rebekah Brooks, ex-presidente-executiva do grupo News International admitiu nesta terça-feira (19/07), em depoimento ao parlamento britânico que em sua época como diretora do jornal News of the World, ter autorizado a contratação de detetives particulares para obter informações.
Rebekah detalhou, no entanto, que o uso de investigadores era uma prática comum em boa parte da imprensa do Reino Unido nos anos 1990 e no começo da década passada, quando a prática foi interrompida devido às novas leis sobre a confidencialidade de dados.
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A jornalista afirmou que já não utilizava detetives quando, em 2003, passou a dirigir o periódico The Sun, outro dos tabloides de propriedade do magnata Rupert Murdoch.
Rebekah disse à comissão que a primeira vez que os diretores do News International conheceram a extensão das escutas ilegais do News of the World, que desencadearam um grave escândalo, foi no final de 2010, quando atuaram “com prontidão e de forma decisiva”, segundo ela.
A ex-conselheira compareceu nesta terça-feira no Comitê de Meios de Comunicação da Câmara dos Comuns britânica logo após a conclusão do depoimento de seu ex-chefe Rupert Murdoch, presidente da News Corporation, que pediu desculpas e declarou sentir-se envergonhado pelas escutas telefônicas do tabloide.
A jornalista, que permaneceu detida por nove horas no último domingo pela Polícia, também se desculpou pelas escutas do News of the World, o qual dirigiu de 2002 a janeiro de 2003, período em que esta publicação grampeou o celular de uma menina assassinada.
O que ocorreu no jornal “foi “terrível e espantoso”, disse ele diante de um comitê sem público. Isso ocorreu devido à uma tentativa de agressão ocorrida contra ele minutos antes.
Rebekah, de 43 anos, foi detida no domingo pela polícia sob a suspeita de aprovar escutas ilegais e pagar subornos a policiais para obter informações exclusivas para o News of the World.
Em seu depoimento, Murdoch defendeu Rebekah, considerada seu braço direito no Reino Unido, e disse que continua a confiar.
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