O Rei Juan Carlos pediu para que o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o líder da oposição, Alfredo Pérez Rubalcaba, façam um “grande pacto” pela redução do desemprego no país. Há atualmente mais de 6 milhões de pessoas sem emprego na Espanha, o que significa 27,2% da população.
A iniciativa de Juan Carlos faz parte de uma série de acordos que o rei pretende impulsionar para reforçar a sua imagem de “árbitro e moderador” que está acima “de interesses particulares, siglas e ideologias”, de acordo com a imprensa local.
Agência Efe
Rei compareceu ao estádio do Real Madri nesta semana e viu a eliminação de seu time frente ao Borussia Dortmund
Ao aumentar sua atuação na política do país, o rei tem a intenção de encerrar de vez o debate sobre uma possível renúncia em favor de seu filho, o Príncipe Felipe. “Quero seguir reforçando o papel do Príncipe para que, quando chegue o momento, a transição seja apenas um trâmite”, afirmou Juan Carlos à rede Televisão Espanhola.
Além do rei, a Comissão Europeia também pediu um novo esforço do governo espanhol para a redução do desemprego. “Temos que fazer todo o necessário para aliviar os níveis de desemprego na Europa”, afirmou Olli Rehn, vice-presidente da entidade que prevê crescimento econômico para o continente apenas em 2014.
Portugal
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta sexta-feira (03/05) novas medidas de austeridade no funcionalismo público que incluem o corte de 30 mil empregos, a ampliação da carga de trabalho de 35 para 40 horas semanais e o aumento da idade da aposentadoria de 65 para 66 anos.
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O líder conservador ressaltou que seu plano está aberto ao “diálogo” com a oposição, os empresários e os sindicatos, mas advertiu que se Portugal não conseguir diminuir os orçamentos estatais em 4,8 bilhões de euros até 2015, voltaria a ficar “à beira da quebra” e em risco de abandonar a zona do euro.
Portugal ainda tem um déficit excessivamente elevado (de 6,6%) e não resolveu o problema do endividamento público (mais de 120% do PIB), lembrou o primeiro-ministro, que considerou a poupança nos gastos públicos “crucial” para que o país supere a crise econômica, retorne aos mercados e gere crescimento e emprego.