O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, afirmou nesta quinta-feira (30/08) que a reunião com o vice-presidente equatoriano, Lenín Moreno, foi “amigável”, mas reiterou que não vê “uma solução à vista” para o caso do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Wikicommons
Enquanto Equador e Reino Unido não chegam a uma solução, Julian Assange segue na embaixada do país sul-americano, em Londres
Em entrevista à rede “BBC 4” em Nova York, onde participa de uma reunião da ONU sobre a Síria, Hague afirmou que a solução do caso ainda deve levar muito tempo para ser resolvida.
“Não estamos ameaçando invadir a embaixada do Equador. Deixamos clara nossa posição legal aos equatorianos e, desde o começo, destacamos que buscamos uma solução amigável para esse impasse”, afirmou o diplomata.
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Na reunião desta quarta-feira (29/08) com o representante equatoriano, Hague disse que o Reino Unido tem “a obrigação legal de prender Assange e extraditá-lo à Suécia” e que “não há base legal” para que se possa “fazer outra coisa”.
O Equador concedeu asilo político ao jornalista, mas o Reino Unido tem se recusado a oferecer o salvo-conduto para que ele viaje à América do Sul. O fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o dia 19 de junho.
O caso
Assange, que lançou o Wikileaks em 2010, é procurado pela Justiça da Suécia para responder por um suposto crime sexual. Ele ainda não foi acusado ou indiciado.
No Reino Unido, ele travou uma longa batalha jurídica contra sua extradição para o país escandinavo, que se recusava a interrogá-lo em solo britânico. No entanto, a Suprema Corte do Reino Unido decidiu que ele deveria ser extraditado.
O fundador do Wikileaks teme que, após ser preso na Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição, onde poderá ser julgado por crimes como espionagem e roubo de arquivos secretos.
(*) com agências internacionais