A embaixada da Rússia em Londres reagiu nesta segunda-feira (14/09) a uma crítica feita no Twitter pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, ao Partido Trabalhista do Reino Unido. Após a eleição do novo líder opositor, Jeremy Corbyn, o chefe de governo afirmou que os trabalhistas são uma “ameaça” à segurança nacional, à segurança econômica e à segurança familiar dos britânicos. Em seguida, a sede diplomática russa retrucou, dizendo: “Apenas imagine as manchetes da mídia do Reino Unido se o presidente russo chamasse um partido líder da oposição de ameaça à segurança nacional?”.
Just imagine UK media headlines if Russian President called a leading opposition party threat to national security? pic.twitter.com/XmRNUhrTC8
— Russian Embassy, UK (@RussianEmbassy) 14 setembro 2015
No último sábado (12/09), Corbyn foi eleito novo líder trabalhista com quase 60% do apoio dos militantes da principal legenda opositora do Reino Unido. Nas últimas 24 horas, mais de 15.000 pessoas se filiaram ao Partido Trabalhista.
Em resposta, o Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron, tem feito críticas duras ao rival. Além dos ataques feitos em discursos, os “tories”, como são conhecidos os membros do partido governista, divulgaram um vídeo no domingo (13/09) que une declarações de Corbyn a imagens de Bin Laden e do Estado Islâmico.
EFE
Cameron foi reeleito chefe de governo do Reino Unido em maio deste ano, derrotando o então líder trabalhista Ed Miliband
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Também no Twitter, o embaixador russo em Londres congratulou a vitória de Corbyn, afirmando que espera que haja “mudanças positivas em termos de debate, incluindo em nossa relação”. A mensagem foi retuitada pelo perfil da embaixada.
Congratulations to @JeremyCorbyn. Hope for positive change in terms of debate, incl on our relations. #corbyncabinet pic.twitter.com/D6belYkSTm
— Alexander Yakovenko (@Amb_Yakovenko) 14 setembro 2015
As relações entre Reino Unido e Rússia já estavam estremecidas desde 2014, após as desavenças entre os países em relação à crise no leste da Ucrânia. Em novembro passado, Cameron chegou a alertar o presidente russo, Vladimir Putin, de que a relação do Kremlin com as potências ocidentais se encontrava em um momento decisivo.