O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira em Londres que seu país coopera com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) “há muito tempo”.
“Nisso fomos claros. Estamos em uma cooperação com a OTAN há muito tempo e isso é o que vamos continuar”, afirmou Santos em entrevista coletiva na embaixada da Colômbia em Londres ao término do primeiro dos dois dias de sua visita oficial ao Reino Unido.
Santos anunciou no dia 1º de junho que o Ministério da Defesa colombiano assinará um acordo com a organização internacional “para iniciar um processo de aproximação”.
Em sua visita ao Reino Unido, o presidente da Colômbia se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que qualificou de “muito construtivo e amigável”.
“Ratificamos que o Reino Unido e Colômbia têm talvez as melhores relações de sua história neste momento. Agradeci seu apoio em muitas frentes, como a entrada na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, assinalou Santos, que também ressaltou a cooperação com o Reino Unido “em matéria de inteligência e segurança”.
Santos se reuniu durante a tarde com o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, com quem repassou os “muitos temas nos quais o Reino Unido e Colômbia estão trabalhando juntos”, entre eles a situação em Israel e as tensões no Oriente Médio.
NULL
NULL
O presidente do Comitê de Assuntos Internos do Parlamento britânico, Keith Vaz, entregou a Santos um relatório elaborado por Westminster sobre a luta contra o narcotráfico, enquanto o líder colombiano entregou o último relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a questão.
Santos quer que o documento “sirva de base para a análise que estão fazendo aqui na Inglaterra e no resto da Europa, para que seja um elemento de discussão neste tema tão importante como é buscar formas para melhorar a efetividade da luta contra as drogas”, apontou.
Vaz, por sua vez, louvou o trabalho que de Santos na luta contra as drogas na Colômbia e sugeriu que o Parlamento britânico poderia propor seu nome para o Prêmio Nobel da Paz.
“É um pacificador e apreciamos que visite nosso país”, afirmou o presidente da Comissão de Assuntos Internos.
“Não quero nenhum prêmio, quero a paz. Esse é meu objetivo, não um prêmio. (Vaz) Disse que os parlamentares britânicos têm esse poder e respondi que o agradecia muito, mas que o que me interessa é a paz do meu país. Precisamos de apoios, não de prêmios”, comentou Santos.
Antes, o presidente tinha assistido em Oxford ao lançamento da Rede de Medição Multidimensional da pobreza, um programa destinado a facilitar a colaboração entre os países emergentes para solver as desigualdades.
“Adotamos um sistema para combater a pobreza e a desigualdade que as mede de uma forma muito mais estrita da tradicional. Esse sistema foi desenvolvido em Oxford, em seu instituto de Desenvolvimento Humano e Pobreza, e queriam que compartilhássemos nossa experiência, segundo sua opinião bem-sucedida, com outros países”, apontou Santos.