Dois meses depois do terremoto que devastou o Haiti, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, voltou ao país e constatou que a “situação continua muito difícil”. No próximo dia 31, a ONU promove, em Nova York (Estados Unidos), uma conferência mundial que vai reunir doadores para o Haiti.
“Eu sei que a comunidade internacional pode e irá fornecer os recursos necessários para um esforço efetivo, bem coordenado e devidamente comprovado para ajudar os haitianos a se levantarem e construírem um futuro melhor”, disse Ban Ki-moon.
Durante a visita e nas conversas com o presidente do Haiti, René Préval, e o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive, Moon disse que os esforços terão de se redobrados em decorrência da aproximação do período de chuva, para que se evitem novos problemas.
“O desafio mais urgente agora é garantir abrigo e saneamento. Neste momento temos fornecido tendas e lonas para cerca de 60% dos 1,3 milhão de pessoas que mais necessitam”, disse.
O terremoto do dia 12 de janeiro – que foi o de maior intensidade no país, atingindo 7 graus de magnitude na escala Richter – seria responsável pela morte de aproximadamente 230 mil haitianos. Cerca de 1,3 milhão de pessoas permanecem desabrigadas, segundo os dados oficiais.
“Fizemos um grande progresso”, afirmou o secretário-geral da ONU, ao se referir ao fornecimento de material de emergência, alimentos e água. Ele lembrou ainda que aproximadamente 85 mil pessoas foram mobilizadas em ações das Nações Unidas, da Missão de Paz das Nações Unidas (Minustah) e da Polícia Nacional Haitiana (PNH).
De acordo com Ban Ki-Moon, é fundamental concentrar os esforços também para a recuperação de escolas, estradas, portos, energia e da infraestrutura em geral. “Para o futuro próximo, o governo vai precisar de ajuda internacional também para cobrir os salários do funcionalismo público [professores, policiais, médicos e enfermeiros, além de servidores de várias áreas]”, afirmou ele.
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