Duas das três mulheres resgatadas em uma casa em Cleveland retornaram nesta quarta-feira (08/05) aos seus lares após uma década de cativeiro em que eram submetidas a abusos, correntes e cordas para que não escapassem.
O chefe da Polícia da cidade de Cleveland, Richard McGrath, apontou em entrevista à NBC que os investigadores acharam correntes e cordas e que “há a confirmação” de que as mulheres ficaram acorrentadas para evitar sua fuga.
Amanda Berry, de 27 anos e que em seus dez anos de cativeiro teve uma filha, foi recebida hoje na casa da irmã, repleta de balões de gás e ursinhos de pelúcia que os vizinhos depositaram para celebrar o seu retorno.
“Estamos contentes por termos a Amanda em casa. Pedimos privacidade para sua recuperação”, disse sua irmã, Beth Serrano, em frente à casa onde também se encontra Jocelyn, a filha de 6 anos de Amanda Berry.
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Gina DeJesus, de 23 anos e origem porto-riquenha, retornou hoje à casa dos pais após desaparecer há mais de nove anos quando voltava do colégio. Escoltada por policiais, ela chegou ao imóvel sob gritos de saudações – em inglês e espanhol – dos moradores do modesto bairro do oeste de Cleveland.
Já Michelle Knight, de 32 anos e desaparecida em 2002, retornou nesta quarta-feira ao hospital para ser tratada aparentemente por problemas psicológicos, que já existiam antes do sequestro e que teriam se agravado por causa das duras condições em que vivia.
A emissora local WOIO informou que uma das mulheres disse aos investigadores que ficou grávida em diversas ocasiões, mas perdeu os bebês devido às agressões do seu sequestrador. Não existe, por enquanto, confirmação oficial desses abusos sexuais.
A Polícia não encontrou restos humanos ou indícios de enterros na casa de Ariel Castro, o principal suspeito, que foi detido na segunda-feira junto com seus irmãos Pedro e Onil.
As vítimas viviam reclusas no escuro porão da casa, de onde só saíam ocasionalmente para tomar sol no pátio traseiro, segundo informaram as emissoras locais.