Os sindicatos majoritários gregos
convocaram hoje (12/5) uma nova greve geral de 24 horas a ser realizada na próxima
quinta-feira, 20 de maio, contra a reforma governamental do sistema
de pensões.
“Nossa reação é imediata, respondendo com uma greve
geral de 24
horas”, declarou à imprensa o presidente da União de Empregados
Civis (Adedy), Spiros Papaspiros, após uma reunião com a
Confederação Geral dos Trabalhadores da Grécia (Gsee).
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O
sindicalista assinalou que as drásticas medidas de economia do governo vão “contra os trabalhadores e contra a seguridade social”. Em
comunicado, o Gsee destaca que os cortes nas aposentadorias e
nos pagamentos extras se soma a um projeto de lei que aumenta a
pobreza, por isso que a situação dos aposentados “será mais difícil
do que nunca”.
A greve da próxima semana será a quinta geral
neste ano. O último protesto
culminou com a morte de três pessoas, inúmeros feridos e danos
materiais. As interrupções afetaram principalmente ao setor do
transporte.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) e os membros da União Europeia exigiram da Grécia severas medidas para permitir empréstimos a fim de evitar a quebra do
país.
A ajuda externa é a única alternativa para que Grécia possa
pagar
sua dívida soberana, de mais de 270 bilhões de euros e o 115% do
PIB (Produto Interno Bruto).
As impopulares medidas anunciadas
pelo governo, do socialista
Giorgos Papandreou, têm o objetivo de cortar o gasto público em 30
bilhões de euros até 2012.
O FMI entregou hoje à Grécia 5,574,8
bilhões de euros, na qual é
a primeira contribuição efetiva do plano dessa ajuda internacional
por três anos, que totaliza 110 bilhões de euros. A greve da
próxima quarta-feira coincide com a data de vencimento
da dívida de 9 bilhões de euros.
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