Uma greve geral contra a política econômica do gGoverno conservador português foi marcada para o dia 24 de novembro, conforme decidiram nesta quarta-feira (19/10) os principais sindicatos do país, que se uniram para organizar o protesto.
As duas centrais sindicais, a Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP, comunista) e a União Geral de Trabalhadores (UGT, socialista), anunciaram, em atos separados, a data da greve, que ocorrerá um ano depois da que foi feita contra as medidas de austeridade do governo socialista anterior.
Leia mais:
Sindicatos portugueses decidem convocar greve geral contra novos cortes de gastos
Portugal anuncia aumento de jornada de trabalho e fim do 13º e do 14º salário
Portugal demite 15% do quadro de funcionários de alto escalão
Portugal diz que há um desvio de 2 bilhões de euros em contas públicas
Enfrentar a crise da dívida na Europa
Não é só o euro, mas a democracia que está em jogo
O protesto do ano passado uniu, pela primeira vez em duas décadas, a CGTP e a UGT em uma greve contra as medidas de austeridade tomadas na ocasião para combater a crise econômica que se agravou no último ano e levou o atual Executivo, no poder desde junho, a adotar políticas ainda mais duras.
Na ocasião, as centrais estimaram uma adesão de 75%, apesar de o governo ter calculado que apenas 20% dos funcionários públicos participaram da paralisação. Nas empresas privadas, o índice foi ainda menor e sequer provocou uma diminuição do consumo nacional de eletricidade.
Leia mais:
Berlim diz que quebra da Grécia é “inevitável”, segundo jornal alemão
'Grécia é cobaia de especuladores financeiros', diz deputada independente
O Lehman Brothers e a amnésia neoliberal
O custo intangível do fracasso europeu
Para a greve de novembro estão convocados os mais de 5,5 milhões de trabalhadores ativos em Portugal, dos quais 1,2 milhão têm ligação a um dos dois grandes sindicatos.
O protesto pretende deixar clara a rejeição dos trabalhadores às medidas de austeridade incluídas pelo Governo em seu projeto orçamentário de 2012, com o qual espera cumprir os compromissos do resgate financeiro de Portugal.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL