As autoridades sírias atribuíram nesta sexta-feira (13/07) a responsabilidade do massacre em Treimsa, ocorrido na quinta-feira (12/07) no centro do país, aos “grupos terroristas”, assim como aos “meios de comunicação sedentos de sangue”, segundo a agência oficial SANA.
“Os meios de comunicação sedentos de sangue em cooperação com os grupos terroristas armados cometeram um massacre entre os habitantes da aldeia de Treimsa, na região de Hama, para tentar mobilizar a opinião pública contra a Síria e seu povo e provocar uma intervenção estrangeira na véspera da reunião do Conselho de Segurança” da ONU (Organização das Nações Unidas), afirma a SANA.
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Esses meios de comunicação “estavam em pé de guerra em Istambul, Paris, Londres, Bruxelas e Berlim, e em outros locais para esta campanha de incitação contra a Síria e para jogar com o sangue sírio”, acrescentou a agência. As autoridades sírias criticam regularmente os canais via satélite árabes Al-Jazeera e Al-Arabiya, acusando-os de fazer o jogo de países do Golfo, como Qatar e Arábia Saudita, opostos ao regime de Bashar al-Assad.
De acordo com testemunhas citadas pela SANA, os “terroristas saquearam, destruíram e queimaram dezenas de casas, antes que as autoridades chegassem à aldeia”. Outros habitantes de Trimsa declararam que “os grupos terroristas armados atacaram e dispararam contra casas e habitantes, matando mais de 50 pessoas”.
Abo Arif al-Khalid, cidadão de Trimsa, denunciou que uma mulher e o filho foram assassinados pelos terroristas na frente de todos. “Se os membros do Exército ou das forças de segurança estivessem junto ao povo, os terroristas não teriam sido capazes de invadir e perpetrar esse massacre”, reclamou.
Os bombardeios à localidade de Treimsa com tanques e helicópteros deixaram mais de 150 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma organização não governamental com sede no Reino Unido.
* Com informações da Agência Lusa