O mediador internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Liga Árabe para a Síria, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, acusou nesta sexta-feira (13/07) as forças sírias de usarem armas pesadas contra o vilarejo de Treimsa, local de um massacre em área controlada por rebeldes da Província de Hama, no centro do país. Damasco negou a autoria do ataque e culpou “terroristas” da oposição pelas mortes.
Annan disse que houve violação aos compromissados do plano de paz da ONU e afirmou estar “horrorizado e consternado” pelas notícias do massacre e pelo “uso confirmado de armas pesadas, como artilharia, tanques e helicópteros”.
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“É desesperadamente urgente que parem com esta violência e estas atrocidades, e é mais importante do que nunca que os governos que possuem uma influência a exerçam de maneira mais eficaz, para garantir que a violência termine imediatamente”, disse Annan.
“Diante desta nova memória do pesadelo e dos horrores aos quais os civis sírios estão submetidos”, Annan falou de “combates intensos, de um número importante de vítimas e do uso confirmado de armas pesadas como artilharia, tanques e helicópteros”.
O emissário confirmou que a missão de observadores da ONU na Síria está disposta a ir a Treimsa para “verificar os fatos, se e quando as circunstâncias permitirem”. Para isso, pediu que a liberdade de movimento dos observadores seja respeitada.
Segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, tropas governamentais bombardearam na quinta-feira a localidade de Treimsa, na província de Hama (centro), utilizando tanques e helicópteros e deixando um balanço de mais de 150 mortos.