O site Uriminzokkiri, parceiro do governo da Coreia do Norte, comparou nesta terça-feira jornalistas sul-coreanos, a quem acusam de proferir “mentiras e falsas acusações” contra o governo liderado por Kim Jong-un, com colabores do nazismo.
Os jornalistas que apoiaram os nazistas “foram os primeiros a serem julgados depois da Segunda Guerra Mundial”, disse o portal propagandístico de Pyongyang em referência a 18 trabalhadores sul-coreanos do setor da comunicação.
Os jornalistas citados pelo site trabalham nos principais meios de comunicação da Coreia do Sul, como os jornais Chosun, Donga e Segye e as emissoras de televisão KBS, MBC e SBS.
O portal norte-coreano assegurou que “perversos ativistas de direita camuflados de jornalistas, analistas e professores” propagaram “mentiras e falsas acusações” para difamar o governo de Kim Jong-un.
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De acordo com o Uriminzokkiri, as críticas feitas pelos profissionais do Sul são, entre outras, qualificar a Coreia do Norte como uma “nação isolada” ou um “sistema fracassado” e por isso eles são acusados de atacar a “mais alta dignidade” do país.
Não é a primeira vez que a imprensa estatal de Pyongyang ou simpatizantes de seu governo dirigem fortes críticas ou ameaças veladas a profissionais de comunicação do Sul. Em março e abril, quando a Coreia do Norte empreendeu uma dura campanha de hostilidades contra Seul e Washington que elevou a tensão na península, a imprensa do país e criticou duramente os jornalistas do Sul, acusados de difamar seus líderes e símbolos.
Em junho do ano passado, Pyongyang ameaçou com um ataque em massa os principais meios de comunicação sul-coreanos, chegando inclusive a publicar suas coordenadas. Anteriormente, em 1997, a Coreia do Norte também ameaçou bombardear o jornal conservador Chosun.