O presidente do Partido Socialista do Chile, senador Fulvio Rossi, acusou a direita de querer danificar a imagem da ex-presidente Michelle Bachelet solicitando investigações sobre gastos de seu governo.
“Vejo que mais uma vez trata-se de denúncias infundadas. Estão buscando todos os meios possíveis para minar o patrimônio, o capital público e a imagem que Bachelet tem no país”, comentou Rossi.
Segundo a edição online desta segunda-feira do jornal El Mercurio, a ex-presidente, cujo mandato terminou em 11 de março, entregou cerca de 6,2 milhões de dólares a entidades civis e não governamentais no primeiro trimestre de 2010. A cifra contrasta com o valor registrado entre janeiro e março de 2009, de 978 mil dólares.
Diante de pedidos de parlamentares para a abertura de uma investigação, Rossi afirmou que primeiro é necessário ver o que foi feito com o dinheiro, e depois aventurar opiniões.
“Parece que não sabiam que, dos 6,2 milhões de dólares que eles denunciaram terem sido desperdiçados, 2,6 milhões de dólares foram para um projeto para erradicar acampamentos no nosso país, através do programa 'Um teto para o Chile'”, ressaltou o senador.
De acordo com o líder do Partido Socialista, outros dois milhões de dólares foram destinados a um festival de teatro “que todo mundo viu e aproveitou” e os 1,4 milhão de dólares restantes foram investidos “em projetos que a direita poderia investigar”.
“Como é possível ver, de irregular não há nada”, completou, ironizando os pedidos do grupo que assumiu o governo do Chile após 20 anos de poder da coalizão de centro-esquerda Concertación, integrada por Bachelet.
A ex-presidente, que entregou o cargo de chefe de Estado ao empresário Sebastián Piñera, vencedor das eleições locais pela conservadora Coalizão pela Mudança, deixou o governo com mais de 80% de apoio popular.
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