O advogado do soldado norte-americano Bradley Manning, acusado pelo governo dos EUA de ter vazado milhares de documentos secretos para o site Wikileaks, pediu a retirada do juiz responsável pelo caso alegando que sua escolha foi tendenciosa.
Esta foi a primeira audiência da qual Manning participou, e possuía o objetivo de decidir se o soldado seria julgado em corte comum ou militar. A divulgação dos arquivos confidenciais das guerras do Iraque e do Afeganistão poderá levar o oficial, caso seja condenado, à pena de morte. Com apenas 23 anos, ele esta sendo acusado de 22 violações militares.
Efe
Cerca de 500 pessoas oriundas de todas as partes do país vieram acompanhar a audiência na forma de uma vigília pacífica. Entre os manifestantes estava Dan Choi, que tornou-se célebre por ser expulso do exército norte-americano por conta de sua orientação sexual.
Choi disse que “Bradley Manning é o único soldado em sua cadeia de comando que fez seu trabalho, que defendeu a verdade e procurou fazer uma denúncia quando viu que algo não estava certo”. “É isso que fazem os soldados, o que devem fazer os soldados – na guerra, quando percebe que algo está errado, você tem que denunciar”, completou.
As especulações sobre o caso, contudo, não são otimistas. Dan Choi acompanha o parecer de um dos fundadores da rede de apoio a Manning, Jeff Peterson, que duvida que o soldado receberá um julgamento justo.
“Ele vai receber um julgamento militar”, disse Peterson, “e os militares não são pessoas de mente aberta sobre os dissidentes, sobre aqueles que dizem a verdade”.
A cidade de Fort Mead, onde o julgamento está sendo conduzido, deve receber mais manifestantes ao longo dos próximos dias. Grupos de veteranos do exército e representantes do movimento Occupy Wall Street já manifestaram apoio à causa do combatente. A cúpula do exército norte-americano, contudo, acompanha a consideração do presidente Barack Obama, e considera-o, de antemão, “culpável”.
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