Ao menos 12 pessoas morreram durante ataque do grupo extremista Al-Shabaab a um hotel em Mogadíscio, capital da Somália, na madrugada de sábado para domingo (01/11).
Os extremistas usaram dois veículos carregados de explosivos para invadir o hotel Sahafi, que é popular entre políticos e grandes empresários do país. Entre os mortos estão pelo menos um parlamentar, um jornalista, o dono do hotel e o general Abdikarim Dhagabadan, que comandou operações contra o Al-Shabaab em 2011.
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Agência Efe
Fachada do hotel Sahafi, em Mogadíscio, após o ataque dos extremistas do Al Shabab nesta madrugada
Tropas da União Africana, que têm auxiliado a Somália a combater o grupo, além de soldados somalis, entraram em combate com os extremistas ao longo da madrugada. A Agência Nacional de Inteligência da Somália declarou o combate finalizado e as tropas afirmam ter retomado o controle do hotel.
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O enviado da ONU à Somália, Nick Kay, condenou o ataque e afirmou que o episódio ressalta a necessidade de auxiliar as forças de segurança da Somália a se fortalecer e erradicar tais incidentes.
Segundo a agência de notícias AFP, militantes do Al-Shabaab, que lutam contra forças do governo pelo controle do país, têm realizado vários ataques a hotéis na capital Mogadíscio. Eles também têm realizado ataques em países vizinhos como o Quênia – o ataque à Universidade Garissa em abril deixou quase 150 mortos.
Esta semana, o presidente somali Hassan Sheikh Mohamud conclamou os militantes do Al-Shabab a se render, em meio a notícias que indicavam que algumas facções do grupo teriam desfeito a aliança com a Al Qaeda e se aliado ao Estado Islâmico.