Um estudo, divulgado na publicação de saúde Malaria Journal, mostra que o mosquito transmissor da malária na África apresenta, em testes de laboratório, resistência aos fortes medicamentos disponíveis.
O alerta dos especialistas é que há ameaças de perda de eficácia dos tratamentos. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 655 mil pessoas morreram em 2010 por malária, que é a quinta principal causa de óbito nos países subdesenvolvidos.
Especialistas britânicos observaram que o parasita Plasmodium falciparum resiste ao Artemeter (medicamento utilizado no combate à malária). Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 28 pacientes contaminados. Em 11 casos, houve resistência ao medicamento.
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Os examinados contraíram a doença durante viagem a países africanos. A região que mais sofre com a malária é a África Subsaariana. Para os pesquisadores, a resistência ao tratamento foi causada por mutações genéticas no parasita, transmitido por picadas de mosquitos infectados.
O parasita Plasmodium falciparum é responsável pela grande maioria das mortes por malária. Só na África Subsaariana, ocorrem 90% desses óbitos. Nesta quinta-feira (26/04), em Moçambique, foi localizado o corpo do brasileiro Marcelo Tosin Furlanneto, de 23 anos.
A suspeita, segundo os investigadores, é que Furlanneto tenha morrido em decorrência de complicações causadas pela malária. De acordo com amigos do brasileiro, ele se queixou de dores de cabeça nos dias anteriores à sua morte. O corpo dele deve ser transportado neste sábado (28/04) para o Brasil.