Um soldado israelense e dois palestinos morreram hoje (27), no dia mais violento desde que Israel e o Hamas decidiram suspender os ataques, há dez dias.
O soldado fazia patrulha em Kissufim, zona fronteiriça entre Israel e o norte da Faixa de Gaza, quando o tanque em que estava passou por cima de uma bomba, segundo informação da tevê Al-Jazeera. A agência EFE e outros veículos de comunicação dizem que o explosivo foi detonado por controle remoto, citando fontes palestinas e israelenses.
Além da morte dele, três oficiais ficaram feridos, segundo porta-vozes do Exército. Israel culpou o Hamas, embora a ação ainda não tenha sido reivindicada por nenhum grupo palestino, e deu o troco.
Instantes depois, um criador de aves palestino, Anwar Al Dreim, morreu em decorrência de disparos de um tanque israelense que, segundo fontes médicas locais, atingiram sua casa ao leste de Dir el-Balaj, no centro da Faixa de Gaza.
Em seguida, Israel realizou um ataque aéreo no sul de Gaza, o primeiro desde o cessar-fogo. Resultado: outro palestino, aparentemente civil, foi morto na cidade de Khan Younis. As passagens e cruzamentos comerciais entre Israel e Gaza foram interrompidos.
Segundo o jornal israelense Haaretz, a ministra de Relações Exteriores Tzipi Livni afirmou logo após a morte do soldado israelense que, caso houvesse outro incidente na fronteira, “Israel responderia imediatamente”. O ministro da Defesa, Ehud Barak, reiterou as palavras dela e disse, em reunião com cadetes da Academia Militar, que o incidente “era sério e não poderia ser aceito”.
A quebra do cessar-fogo coincide com a visita do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, nomeado pelo presidente Barack Obama no último dia 22. Israel declarou cessar-fogo de forma unilateral antes da posse de Obama. Em seguida, o Hamas fez o mesmo.
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Aboul Gheit, afirmou hoje que acredita num cessar-fogo definitivo a partir do começo de fevereiro, o que poderia abrir a fronteira com a Faixa de Gaza. Ele concedeu entrevista no Cairo, junto com o alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Europeia (UE), Javier Solana, que está na região. O Egito é tem mantido negociações com o Hamas.
Atentados no Iraque
No Iraque, um atentado suicida causou quatro mortes e deixou seis feridos na cidade de Mossul, reduto de membros da Al Qaeda que fica 370 quilômetros ao norte de Bagdá, segundo fontes policiais.
Nas redondezas da sede do Partido Democrático do Curdistão (KDP), o motoristas de um carro detonou os explosivos que levava consigo, enquanto passava por um posto de controle policial. Não se tem informações sobre a autoria do ataque nem se era direcionado ao partido liderado por Massoud Barzani, presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano.
Em outro ataque ocorrido hoje no país, o general iraquiano Ahmed Ibrahim, diretor-geral de Alfândegas da região central do Iraque, saiu ileso de um atentado em Bagdá. Três seguranças se feriram quando um carro-bomba explodiu perto dele. É a terceira tentativa de assassinato contra oficiais de alta patente em duas semanas no país. Nenhum grupo reivindicou a autoria.
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