O Tribunal Municipal de Moscou concedeu nesta quarta-feira (10/10) liberdade condicional a Yekaterina Samutsevich, uma das três integrantes da banda Pussy Riot condenadas a dois anos de prisão por protestar contra o governo de Vladimir Putin no principal templo da Igreja Ortodoxa Russa.
A corte manteve a sentença de prisão às outras duas jovens do grupo, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina. Elas foram condenadas por “vandalismo motivado por ódio religioso”, crime do qual se declaram inocentes.
Efe
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Em fevereiro desse ano,as três organizaram um protesto contra o presidente russo, Vladimir Putin, na maior igreja ortodoxado país, a Catedral de Cristo Salvador, na capital Moscou. Vestindo gorros coloridos que encobriam o rosto, as Pussy Riot cantaram “Virgem Maria, expulse Putin” para criticar o apoio do patriarca (cargo mais alto na hierarquia da religião cristã-ortodoxa, a mais seguida na Rússia) na última eleição presidencial.
Essa canção suscitou diversas reações negativas na população. Isso porque desde que a antiga União Soviética se colapsou, a religião ortodoxa sofreu uma renovação e se fortaleceu entre os russos. Ironicamente, são muitos os que também alegam que elas pertenciam à comunidade ortodoxa, o que, supostamente, tornaria as acusações contra o grupo “desproporcionais”.
Apesar de pedirem desculpas aos cristãos que se sentiram ofendidos com a performance, as acusadas se recusaram a admitir sua culpa por considerarem que o protesto não configura um crime segundo as leis da Rússia.
Protestos pedindo a liberdade das integrantes da banda percorreram cidades de todo o mundo, chegando a mobilizar até mesmo artistas que se apresentaram no país. Sting, Red Hot Chili Peppers e Madonna pediram em suas apresentações pela libertação das integrantes da banda punk.