Atualizada às 15:29
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira (05/05) que o pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Donald Trump “merece respeito” por ter passado pelo processo das eleições primárias de seu partido.
A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa em sua residência oficial e escritório, no centro de Londres. “Conhecendo a natureza extenuante das primárias, por que você tem que passar para se tornar o representante de seu partido nas eleições gerais – qualquer pessoa que passe por isso merece nosso respeito”, disse Cameron, que estava acompanhado de Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, em visita oficial ao Reino Unido.
Agência Efe
Shinzo Abe, premiê japonês, junto a David Cameron, primeiro-ministro britânico, durante coletiva de imprensa
O premiê britânico, porém, reiterou sua declaração de janeiro, quando afirmou que a proposta de Trump de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos era “estúpida, sectária e errada”. “O que eu disse sobre os muçulmanos, sigo com a mesma opinião [sobre a questão]. Estou muito certo de que a ideia de política que foi proposta era errada, é errada e sempre será errada.”
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A porta-voz de Cameron declarou posteriormente que o primeiro-ministro do Reino Unido nutre respeito “de um político para outro” por Donald Trump dada a disputa eleitoral Estado por Estado que acontece nos EUA e que foi virtualmente vencida por Trump após a retirada de todos os outros concorrentes da corrida eleitoral pela nomeação republicana.
Segundo o jornal britânico The Guardian, o comentário de Cameron vem após George Papadopoulos, conselheiro de Donald Trump, afirmar em entrevista ao jornal Times nesta quarta-feira (04/05) que Cameron deveria pedir desculpas ou se retratar por suas declarações de janeiro e “tentar se aproximar de maneira mais positiva” ao pré-candidato republicano.
Também de acordo com o Guardian, Shinzo Abe deu um “sorriso de deboche” antes de retomar o semblante sério quando um jornalista levantou a hipótese de Trump estar presente como presidente dos EUA na próxima reunião do G7.