A Turquia iniciou neste sábado (20/01) uma operação militar terrestre e aérea contra postos curdos na cidade de Afrin, no noroeste da Síria. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou que os caças da Força Aérea do país bombardearam focos das Unidades de Proteção Popular (YPG) e do Partido de União Democrática (PYD) dos curdos sírios na região.
No início deste sábado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o exército do país havia iniciado a operação contra os curdos sírios em Afrin. Segundo o jornal turco Hurriyet, os jatos F-16 do país conduziram os ataques contra seis alvos na cidade de Afrin, acrescentando que, simultaneamente, as Forças Armadas turcas lançaram o bombardeio de artilharia da província de Kilis, na fronteira com a Síria.
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Forças Armadas turcas lançaram o bombardeio de artilharia da província de Kilis, na fronteira com a Síria
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As aeronaves turcas atingiram um posto de observação do PYD no distrito de Afrin, ao norte da Síria, informou a agência de notícias Anadolu.
A notícia chega depois que Erdogan confirmou oficialmente o início da operação na região, acrescentando que a investida seria seguida por outra na cidade síria de Manbij, controlada pelos curdos.
A Turquia ameaçou lançar a ofensiva em Afrin desde a semana passada, após o anúncio dos EUA sobre sua decisão de começar a treinar uma força de proteção de fronteira composta pelas Forças Democráticas Sírias (SDF) apoiadas pelos EUA, afiliadas com as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que é considerado um grupo terrorista pela Turquia.
Reagindo ao anúncio, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, pediu ao país que não se envolva em nenhuma invasão na cidade de Afrin, fazendo eco a uma declaração feita pelo secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, que também assegurou que os Estados Unidos não tinham intenção de construir uma força de fronteira, dizendo que a questão, que irritou Ancara, foi “mal interpretada”.
(*)Com informações de Sputnik e ANSA