Sábado, 12 de julho de 2025
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O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, apresentou nesta sexta-feira seu plano de paz para pôr fim à violência na região leste do país, onde recorrentes combates entre forças governamentais e grupos armados separatistas já deixaram centenas de mortos. Embora o recém-eleito líder ucraniano tenha ordenado um cessar-fogo unilateral de uma semana, suspendendo a chamada operação “antiterrorista”, Poroshenko também alertou seus adversários que eles poderão “ser eliminados” caso não deixem as armas.

O governo russo — que apoia o objetivo de Poroshenko para encerrar a violência no país — denunciou o cessar-fogo como um ultimato aos separatistas, em vez de uma oferta de paz aos adversários. O objetivo de Poroshenko, empossado há apenas três semanas após sete meses de conflitos na Ucrânia, é que o cessar-fogo possibilite que seu plano de paz seja implementado na região.

Agência Efe

Poroshenko (esq.) propôs cessar-fogo unilateral de uma semana para que separatistas também deixem as armas no leste

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A agência russa Interfax noticiou uma declaração de Poroshenko, após os intensos conflitos de ontem, dizendo aos militares que o cessar-fogo temporário daria aos separatistas apenas uma semana para deixar as armas; depois disso “eles terão de ser eliminados”.

“O cessar-fogo não significa que nós vamos deixar de responder quando houver agressões contra nossos militares. Faremos tudo o possível para defender nosso território e nosso Estado”, diz um comunicado publicado no site oficial de Poroshenko, que conversou com Vladimir Putin, por telefone, para explicar os pontos-chave de seu projeto.

Presidente ucraniano propôs plano de paz para pôr fim à violência no leste do país; Kremlin denunciou como “ultimato” aos separatistas

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Além disso, esse documento oficial delineando seu plano de paz inclui medidas como garantias de segurança para os participantes de eventuais negociações sobre a regra do conflito, a libertação dos reféns e a não perseguição judicial aos que entregarem as armas. Também prevê a abertura de corredores para uma saída, sem obstáculos, dos combatentes, a desocupação de sedes de organismos estatais e a descentralização do poder nas regiões. Poroshenko propõe ainda criar unidades policiais conjuntas para patrulhar as ruas das regiões de Donetsk e Lugansk, fortificações dos pró-Rússia.

Agência Efe

Poroshenko: “O cessar-fogo não significa que nós vamos deixar de responder quando houver agressões contra nossos militares”

A proposta do presidente, divulgada, inicialmente, por canais diplomáticos antes de ser apresentada à imprensa, possui o apoio do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e do Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Pavlo Klimkin, segundo a chancelaria ucraniana.

Os líderes de França, François Hollande, e dos Estados Unidos, Barack Obama, falaram por telefone hoje e mostraram seu respaldo ao plano de paz anunciado por Poroshenko. Os dois presidentes “concordaram na importância de estabilizar rapidamente a situação de segurança e conseguir o fim dos combates” no leste da Ucrânia.

(*) Com informações da Agência Efe