A União Europeia decidiu nesta quarta-feira pela suspensão da concessão de licenças de exportação de armas para o Egito, uma medida que alguns países do bloco já haviam tomado há algumas semanas e que agora será adotada de forma conjunta pelos 28 países que integram a organização.
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“Os Estados-membros estão de acordo com a suspensão das licenças de exportação para o Egito de qualquer equipamento militar que possa ser utilizado para a repressão interna”, anunciou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, no final do Conselho extraordinário de ministros das Relações Exteriores convocado devido à violência no Cairo.
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A UE contribui anualmente com 140 milhões de euros em ajuda militar, pouco quando comparada aos EUA, que fornecem 1,3 bilhão de dólares (974 milhões de euros) e que, por enquanto, se limitaram a anular os exercícios militares em conjunto. Respondendo ao número crescente de mortos no Egito, que se encontra em grave turbulência política, os Estados Unidos também adiaram a entrega de quatro caças F-16.
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Além desse anúncio, Ashton afirmou também que o bloco não descarta uma suspensão da ajuda financeira, estimada em 6,67 bilhões de euros, atrás apenas do Qatar, com oito bilhões.
Na última segunda-feira (21/08), a chancelaria da Arábia Saudita afirmou que poderia compensar, juntamente com outros países árabes e muçulmanos, o país norte-africano caso ele parasse de receber ajuda internacional dos países ocidentais. “A nação árabe e muçulmana é rica e estenderá uma mão de ajuda ao Egito”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud al Faisal.