Sábado, 19 de julho de 2025
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A Unasul (União das Nações Sul-Americanas) informou neste sábado (07/03) que a Venezuela vai organizar eleições parlamentares no mês de setembro. Para o órgão, que enviou uma delegação a Caracas para mediar a crise entre o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição, a realização pleito se apresenta como o melhor cenário para apaziguar a situação política no país.

Ontem, a delegação da Unasul já havia anunciado a formação de uma comissão especial para criar cadeias regionais de apoio e combate à escassez de artigos de consumo básico.

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Agência Efe

Unasul enviou delegação de chanceleres à Venezuela para mediar crise política entre governo e oposição

Nas eleições, previstas para 2015, mas cujas datas não haviam sido divulgadas ainda, será renovada a totalidade das cadeiras da Assembleia Nacional, que atualmente contam com maioria governista.

A presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, dissera no último dia 25 de fevereiro que nas “próximas semanas” seria definida a data pleito e informou que as primárias para a aliança opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) aconteceriam em 17 de maio e para o governista PSUV (Partido Socialista Unificado da Venezuela) em 21 de junho.

No comunicado divulgado hoje, a Unasul não especifica o dia de setembro em que será realizado o pleito legislativo, mas destaca a importância do mesmo.

Delegação especial do órgão sul-americano, integrada por Brasil, foi enviada a Caracas para mediar crise política entre governo Nicolás Maduro e oposição

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O texto oficial da Unasul recolhe declarações de seu secretário-geral, o colombiano Ernesto Samper, que preside uma comissão do organismo integrada também pelos chanceleres de Brasil, Mauro Vieira; Colômbia, María Ángela Holguín; e Equador, Ricardo Patiño.

Samper disse que para a Unasul o pleito legislativo se apresenta como “o melhor cenário para que se confrontem as diferenças políticas e se dirimam as controvérsias”.

“Fazemos um chamado à oposição para que exerça através do processo democrático seu legítimo direito ao dissentimento”, acrescentou o secretário-geral da Unasul.

Samper também reiterou a preocupação gerada no grupo pelas informações sobre aparentes tentativas desestabilizadores na Venezuela.

“Recebemos uma importante informação sobre fatos de ordem nacional e internacional que estão ameaçando a estabilidade democrática da Venezuela, que registramos com preocupação”, acrescentou Samper, que se reuniu ontem com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Além de reunir-se com o governo e a oposição, a comissão se encontrou com diversos poderes públicos, como a Corte Suprema de Justiça, o Ministério Público e o Conselho Nacional Eleitoral , organismos cuja atuação centrou muitas das queixas de grupos opositores.