A menos de uma semana da reunião do Conselho de Defesa da Unasul (União de Nações Sul-americanas), o presidente do Equador, Rafael Correa, que também preside a entidade, fez um “fervoroso chamado” aos outros líderes da entidade para que seja garantida a plena vigência de uma “Zona de Paz” na região.
Correa enviou aos colegas sul-americanos uma carta na qual adverte da “delicada situação pela qual atravessam os países-membros” da União, que integra a Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Além disso, o presidente do Equador expressou “vontade de se reunir com os Estados-membros para encontrar, de maneira pactuada, vias de solução às diferenças e o fortalecimento dos compromissos de paz, segurança e harmonia”.
A paz, “como advertimos em cúpulas internacionais, não só supõe a ausência de guerra, mas, e especialmente, a vigência da justiça e a eqüidade e o compromisso dos países que os convênios que se assinem com estados de fora da região não afetem a soberania de nenhum de seus membros”, acrescentou Correa.
Na próxima sexta-feira (27), o Conselho de Defesa da Unasul vai se reunir em Quito, capital do Equador, para tratar de problemas entre os países-membros e o polêmico acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos, que permite a construção de bases militares e a presença de tropas norte-americanas em território colombiano.
A carta de Correa foi publicada em um momento de tensão política entre Venezuela e Colômbia, por assuntos de defesa, e entre Peru e Chile, por uma suposta espionagem.
O chanceler venezuelano Nicolás Maduro, por sua vez, anunciou que no encontro pedirá um “plano de paz para a Colômbia” e que irá propor reforço da luta antidrogas na região. “Vamos exigir que a América do Sul assuma um plano de paz para a Colômbia, para que se acabem os motivos e as causas pelas quais pretendem e vão instalar essas bases americanas no país”, declarou Maduro à Rádio Nacional da Venezuela.
Caracas também deve exigirá garantias que “as bases militares dos Estados Unidos na Colômbia” não vão gerar “ações” contra terceiros países, disse Maduro. “Além disso, trataremos a luta contra o narcotráfico. A Colômbia é o maior produtor e exportador de droga de todo o continente, bilhões de dólares entram à economia colombiana por este conceito”, declarou.
Segundo o chanceler, a Venezuela “é território livre de cultivos e de processamento de droga” e agora “rompe recordes em captura de cargas que se processam na Colômbia e que tentam passar” por seu país, acrescentou.
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