O presidente venezuelano Hugo Chávez declarou ontem (20) que “chegou a hora de criar uma Quinta Internacional, para aglutinar o movimento progressista planetário, e elaborar uma resposta à crise mundial”.
“Eu acho que a Quinta Internacional é uma necessidade, atrevo-me a convocá-la (…), acho que já está decidido”, afirmou Chávez frente a 150 delegados dos 52 partidos de esquerda reunidos em Caracas ao convite do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).
“Estou oferecendo algo novo”, porque a “terceira via fracassou”, acrescentou o chefe de Estado, precisando que “esse encontro socialista tem que ser da esquerda verdadeira, disposta a enfrentar o imperialismo e o capitalismo”. “Nós viajamos no mundo intero e podemos dizer que a criação de uma Quinta Internacional é um clamor popular”, disse.
Chávez propôs também que os partidos de esquerda presentes no encontro constituam a base de um comitê preparatório para convocar formalmente a nova internacional. “A constituição deste comitê pode ser umas das conclusões deste primeiro encontro de partidos de esquerda” concluiu o presidente.
No Brasil, o Partido dos Trabalhadores criticou a iniciativa. Segundo o secretário de Relações Internacionais, Valter Pomar, “se o texto ficar desse jeito, o PT não vai assiná-lo”.
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O Primeiro Encontro Internacional de Partidos de Esquerda começou na quinta (19) e deve ser encerrado hoje (21). Inscreveram-se representantes de partidos de esquerda atuantes em 39 países para conversar sobre “a instalação de bases americanas no território colombiano, o golpe de estado em Honduras, a queda do capitalismo e o socialismo do século XXI”. São 26 partidos da América Latina e Caribe, 7 da Europa, 6 da África, Ásia e Oceania.
Entre os delegados estão presentes, entre outros, representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdB), Pólo Democrático Colombiano, Partido Humanista do Chile, Frente Ampla (Uruguai), o Partido Justicialista (Argentina), Partido Liberal de Honduras, além do Partido Comunista Francês e do partido italiano Rifundazione Comunista.
O encontro deve ser encerrado à noite com a adoção de um texto, chamado “Compromisso de Caracas”. As primeiras versões que circularam ainda não incluíam a convocação do presidente Chávez para criar uma “Quinta internacional”.
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