O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, voltou a pedir aos países da zona do euro a acertar entre hoje e amanhã um mecanismo para apoiar financeiramente a Grécia, caso seja necessário, e garantir a estabilidade da moeda única. A chanceler alemã, Angela Merkel, apoiou um resgate à Grécia com o envolvimento do FMI (Fundo Monetário Internacional) como “último recurso”.
“Estamos trabalhando intensamente com todos os países da zona e com o BCE (Banco Central Europeu) para poder encontrar uma solução esta semana, durante o Conselho Europeu”, disse Rehn em um discurso no plenário do Parlamento Europeu.
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O comissário, que ontem já tinha pressionado os Estados-membros para que tomem uma decisão o mais rápido possível, insistiu hoje que, apesar de a Grécia “estar a caminho” de conseguir seus objetivos de redução do déficit para este ano, “nem a Grécia nem a eurozona saíram ainda dos problemas”.
Até agora, a Alemanha vem vetando um acordo, que o Executivo comunitário vem reivindicando há dias visando a cúpula que acontece hoje e amanhã na capital belga.
Merkel deixou claro que qualquer acordo precisa estar de acordo com rígidos termos da Alemanha. Alguns membros da zona do euro e do BCE estão determinados contra o envolvimento do FMI, temendo que isso mostraria que o bloco é incapaz de resolver a maior crise dos seus onze anos de existência.
“Na cúpula, hoje e amanhã, o governo alemão vai insistir na sua opinião de que qualquer auxílio de emergência deve vir de uma combinação do FMI e da ajuda conjunta bilateral da zona do euro. Mas novamente eu digo, isso só pode ser o último recurso”, disse Merkel.
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