A Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, passou a encorajar os alunos e funcionários a dizer que o Reino Unido “invadiu” a ilha, em vez de “descobriu” ou “colonizou”, após a divulgação um guia de Terminologia Indígena nesta quarta-feira (30/03).
Segundo os autores do guia, a língua “é um veículo para também expressar discriminação e preconceito”. O documento ainda pede que a palavra “aborígene” seja evitada ao tratar dos povos nativos do país, assim como os termos “primitivo”, “pré-histórico”, “simples”, entre outros, e sugere que eles sejam substituídos por “sociedades complexas e diversas”.
Reprodução/ Facebook UNSW (The University of New South Wales)
Universidade divulgou guia de terminologia indígena para encorajar a troca de alguns termos usados para se referir à colonização australiana
“O guia também sugere que se referir ao capitão [James] Cook como o primeiro britânico a ‘mapear’ a costa leste do continente é ‘mais apropriado’ do que dizer que ele ‘descobriu’ a Austrália”, disse um porta-voz da universidade à BBC.
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Segundo o porta-voz da UNSW, entretanto, as sugestões não são obrigatórias e a universidade não tem a intenção de determinar qual é a linguagem que pode ou não ser usada dentro do campus.
James Cook foi o navegador que declarou posse sobre a costa leste da atual Austrália em nome do Império Britânico, em 1770. Na época, existiam mais de 250 tribos nativas no local, cujo acesso à terra e cidadania foram negados durante a colonização da ilha.