O governo da Venezuela apresentou nesta terça-feira (08/01) uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) denunciando sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos.
Segundo Caracas, as restrições comerciais e proibições de viagens de alguns cidadãos venezuelanos violam regras e tratados internacionais, inclusive alguns impostos pela própria OMC.
A Venezuela ainda acusa os EUA de limitar a venda de ouro e tratar de forma discriminatória transações do Petro, a moeda digital venezuelana, na medida em que estaria isolando economicamente o país.
No documento enviado à OMC, Caracas afirma que “impuseram certas medidas coercitivas de restrição comercial com a República Bolivariana da Venezuela, no contexto de tentativas de isolamento econômico da Venezuela”.
Por sua vez, a organização anunciou nesta terça-feira que já havia entrado com o pedido de consulta junto ao governo norte-americano em 28 de dezembro de 2018.
Com a solicitação, o processo de resolução pela OMC prevê que os EUA tê 60 dias para responder à reclamação e, se ambas as partes não chegarem a um acordo, Caracas pode pedir que um painel da OMC julgue o processo.
Entretanto, nesta terça-feira Washington anunciou novas sanções contra o país latino-americano, que atingem sete cidadão e 23 empresas venezuelanas, entre elas a emissora privada de televisão Globovisión.
Segundo o Departamento de Tesouro dos EUA, as sanções foram aplicadas por conta de um suposto esquema de corrupção que envolve mais de 2 bilhões de dólares.
“As nossas ações contra essa rede corrupta de câmbio expõem ainda outra prática deplorável que os internos do regime da Venezuela usaram para se beneficiar à custa do povo venezuelano”, afirmou o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
kremlin
Governo de Nicolás Maduro denunciou sanções econômicas de Washington