Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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A ministra da Saúde da Venezuela, Luisana Melo, afirmou nesta sexta-feira (29/01) que o país registrou até agora 255 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré, condição relacionada à infecção pelo vírus Zika.

“Ontem, tínhamos registros de 255 doentes com a síndrome de Guillain-Barré e, dentre eles, 55 estão na unidade de cuidados intensivos”, disse a ministra à emissora estatal VTV.

Agência Efe

Caracas realizou jornada de fumigação contra o mosquito Aedes egypt na última quinta-feira

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A síndrome de Guillain-Barré afeta o sistema nervoso e pode causar paralisia muscular e até levar à morte. Especialistas suspeitam que esteja relacionada ao vírus zika como uma reação autoimune do corpo humano, que atacaria as células nervosas ao confundi-las com o vírus.

De acordo com a ministra, foram contabilizados até agora na Venezuela 4.500 casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika. Ela descartou a ocorrência no país de casos de microcefalia em bebês associados ao vírus, que se propagou por 24 países americanos e do Caribe.

Ainda de acordo com a ministra, foi concebido “um plano de abordagem com atividades de promoção e prevenção” relativas à doença que será implantado em todo o país. Serão usados de cerca de 70.000 litros de inseticida em pulverizações para combater o mosquito Aedes aegypt, transmissor do vírus.

Alemanha e Peru registram primeiros casos

Também nesta sexta-feira (29/01), o Ministério da Saúde da Alemanha confirmou cinco casos de pessoas infectadas pelo vírus zika no país. Segundo uma porta-voz da pasta, os pacientes contraíram a doença entre outubro e janeiro enquanto visitavam países latino-americanos.

O Peru também confirmou o primeiro registro oficial de zika no país, detectado em um jovem de 17 anos que chegou de viagem da Venezuela e da Colômbia.

Já o governo de Honduras declarou estado de alerta pela disseminação do vírus, que infectou 949 pessoas no país só em janeiro, segundo dados oficiais.

Segundo ministra da Saúde, país tem 4.700 casos suspeitos de infecção pelo vírus; Peru registrou primeiro caso e Alemanha confirmou 5 doentes

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Alerta mundial

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) entre três e quatro milhões de casos de infecção pelo zika devem ser registrados nas Américas. A agência convocou um comitê de emergência sobre a epidemia do vírus zika com o objetivo de determinar a gravidade da epidemia e medidas para controlá-la, além de identificar áreas de prioridade para pesquisas em caráter de urgência, como testes para diagnóstico e o desenvolvimento de vacinas e tratamentos. O encontro será realizado nesta segunda-feira (01/02).

Uma reunião extraordinária do Mercosul também será realizada na próxima semana para discutir o tema. Convocado pela presidente brasileira, Dilma Rousseff, o encontro vai reunir ministros da Saúde de países membros do bloco nesta terça-feira (0202) e também está aberto a países da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e da Unassul.

Agência Efe

Soldados brasileiros assistem a palestra de preparação para eliminar criadouros do Aedes egypt em São Paulo

Zika no Brasil

A primeira epidemia da doença fora da África, da Ásia e das ilhas do Pacífico começou no Brasil em maio do ano passado. Os sintomas da infecção pelo zika são febre, conjuntivite e dores de cabeça, mas cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas.

Anteriormente, acreditava-se que o zika tinha poucos efeitos para além da doença nas pessoas infectadas, mas em novembro o Ministério da Saúde brasileiro declarou que o vírus está ligado à ocorrência de microcefalia, uma má-formação fetal em que o bebê nasce com o cérebro menor do que o tamanho considerado normal.

O Brasil confirmou na última quarta-feira 4.180 casos suspeitos de microcefalia no país desde setembro, o que representa um aumento de 7% em relação aos dados divulgados na semana passada. O governo brasileiro anunciou o deslocamento de 220 mil militares, 60% dos integrantes das Forças Armadas, para participar de uma campanha de informação contra o mosquito em cerca de 300 cidades.

 

*Com informações de Telesur e Agência Lusa