O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, disse neste domingo (05/08) que seis pessoas foram presas por envolvimento no atentado frustrado contra o presidente Nicolás Maduro no sábado (04/08). Além disso, disse Reverol, vários veículos foram apreendidos e a polícia já tem em mãos vídeos da hora do ataque.
Segundo Reverol, um dos detidos tinha ordem de captura ativa por envolvimento no assalto ao Forte Paramacay, em Carabobo, em agosto de 2017, que deixou dois mortos. Outro já havia sido preso em 2014 por participar de protestos violentos, conhecidos como guarimbas. Os dois haviam sido libertados por benefícios processuais. Eles responderão, de acordo com a lei venezuelana, por “terrorismo e magnicídio em grau de frustração”.
O atentado deste sábado, afirmou o ministro, foi realizado com dois drones DJI-M600, desenhados para suportar grandes cargas e peso. Os aviões não tripulados continham carga explosiva, com aproximadamente 1kg de explosivo C4 em cada um. “A carga é capaz de causar dano efetivo em um raio de aproximadamente 50 metros”, disse Reverol.
“Uma das aeronaves sobrevoou a tribuna presidencial com o objetivo de ativar à distância a substância explosiva. Mas, graças às técnicas especiais da guarda presidencial e à instalação de equipamentos inibidores de sinais, conseguiu-se desorientar o drone, que se ativou fora do perímetro planejado pelos sicários e terroristas”, disse o ministro.
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Ministro Néstor Reverol disse que seis pessoas foram presas por envolvimento no atentado contra Maduro (AVN)
O segundo drone, por sua vez, ficou fora de controle na aproximação do evento e caiu em um edifício próximo, de nome Don Eduardo, próximo à avenida Bolívar, e detonou à altura do primeiro andar”, afirmou.
Como foi o atentado
Maduro não se feriu no ataque. No momento do atentado, o presidente discursava em um palco na avenida Bolívar, centro de Caracas, durante as comemorações do 81º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana. No entanto, ao menos sete funcionários do governo ficaram feridos.
O evento era transmitido ao vivo pela TV. Nas imagens, vê-se que Maduro e os outros participantes no palco inicialmente se assustam com as explosões, sendo retirados posteriormente do local.
Em pronunciamento horas após o atentado, Maduro acusou a Colômbia de estar por trás do ataque e disse que o responsável é presidente do país, Juan Manuel Santos. “Não tenho dúvida que tudo aponta para a ultradireita venezuelana em aliança contra a ultradireita colombiana, e que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado”, disse.
Segundo Maduro, os “responsáveis intelectuais financistas” do ataque residem na Flórida. O mandatário venezuelano e exortou o presidente norte-americano Donald Trump para que “combata os grupos terroristas que pretendem cometer magnicídio ou atentados contra países pacíficos, como a Venezuela”.
(*) Com AVN