Um dos carcereiros da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, que passou seis anos como refém das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) nas selvas colombianas, buscou acordos com o governo colombiano para libertá-la em troca de que ele e sua família pudessem viajar para a França. O documento não revelou se a proposta foi aceita.
A informação foi passada pela rádio Caracol, atribuindo como fonte um documento da embaixada dos Estados Unidos na Colômbia divulgado pelo Wikileaks. O documento teria sido expedido poucos dias antes do resgate de Betancourt e de outras quinze pessoas, entre elas três empreiteiros norte-americanos.
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O documento confidencial, expedido antes da “Operação Xeque”, ocorrido em 2 de julho de 2008, diz que Gerardo Antonio Aguilar Ramírez, conhecido como “César”, comandante da frente primeira das FARC, buscou essa possibilidade. A condição seria que esposa e filha pudessem viajar com ele à França.
O documento, que protege a identidade da fonte como “XXXXXXX”, indica que, em 13 de junho de 2008, o informante teria dito que a Igreja Católica estava em contato direto “César”.
Segundo o informante, o então vice-ministro da Defesa, Sergio Jaramillo, teria prometido sua inteira colaboração. Ainda de acordo com a fonte, caso as negociações evoluíssem, a Igreja aceitaria participar apenas “em nível sacerdotal”. A instituição temeria ter sua imagem manchada e contatos comprometidos durante o processo.
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