O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya segue hoje (11/5) para a Venezuela depois de iniciar ontem (10/5) pelo Equador uma série de visitas aos presidentes sul-americanos. O objetivo é entregar uma proposta de acordo político para o que ele chama de “restabelecimento da democracia e da reconciliação nacional” em seu país. As informações são da agência oficial de notícias do Equador.
Ontem, durante encontro com o presidente equatoriano, Rafael Correa, em Quito, Zelaya disse que espera a volta de Honduras ao “concerto das nações, cumprindo uma agenda de respeito aos direitos humanos que estão sendo violados” em seu país. O ex-presidente quer garantias constitucionais do governo do presidente Porfirio Lobo para que ele e outros exilados possam retornar a Honduras com seus direitos civis e políticos.
Leia também:
Néstor Kirchner é eleito secretário-geral da Unasul
Brasil diz que Zelaya pode ser elo para conciliação nacional em Honduras
Honduras: em contraposição ao governo, organizações criam Comissão da Verdade alternativa
Lobo chegou ao poder no dia 28 de janeiro de 2010, depois de eleição reconhecida como legítima pelo Congresso hondurenho, mas ainda não obteve o reconhecimento de vários países, principalmente sul-americanos.
Ontem, durante conversa com o presidente do Equador, Zelaya disse que está pedindo liberdade democrática para que os hondurenhos possam opinar. “O cidadão que não estiver de acordo com o governo instalado em Honduras após o golpe de Estado deve manifestar sua opinião sem que seja perseguido ou assassinado”. Segundo Zelaya, Rafael Correa prometeu conversar com os demais presidentes sul-americanos para conversar sobre o assunto.
Unasul
No último dia 3 de maio, em Buenos Aires, durante entrevista coletiva logo após o encerramento de encontro da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Correa disse que a entidade sentiu grande mal-estar ao tomar conhecimento de que Porfírio Lobo foi convidado para participar da 6ª Cúpula da América Latina, Caribe e União Europeia, marcada para o próximo dia 17, em Madri, a capital espanhola. Segundo Correa, a Unasul não reconhece o governo hondurenho. Ontem, Porfirio Lobo confirmou que participará apenas do último dia da cúpula europeia.
Durante a reunião da Unasul, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Rafael Correa, Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) foram contrários à presença do atual presidente de Honduras nas discussões em Madri. Eles ameaçaram não participar dos debates se Porfirio Lobo estiver presente.
O presidente venezuelano foi responsável pelas primeiras articulações na comunidade internacional em favor de Zelaya. Foi Chávez quem apelou para o governo brasileiro desse apoio a Zelaya. Por cerca de quatro meses, o hondurenho ficou abrigado com sua mulher e correligionários na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa (capital de Honduras).
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL