Providências como substituir uma calça que não cabe mais, trocar uma blusa com botão defeituoso ou comprar uma nova jaqueta porque a sua rasgou podem ser soluções práticas e usuais para um grande número de pessoas acostumadas a um ritmo de compra constante, dada a grande oferta de produtos e o modo de vida consumista da sociedade. Essa realidade, entretanto, não é tão simples para a maioria da população moradora de ruas, que não possuem tal poder de compra e muitas vezes adquirem itens de segunda mão, já utilizados ou até mesmo com algum defeito.
Foi pensando nisso que Michael Swaine, artista e morador da cidade de São Francisco, EUA, resolveu dar um pequena ajuda a essas pessoas. Uma vez por mês, ele estaciona sua máquina de costura nas ruas da cidade e oferece serviços de conserto para seus moradores. Em entrevista à revista americana Grist , Michael, que também faz parte do coletivo de artistas e designers Futurefarmers, explica como funciona seu trabalho, chamado The Free Mending Library: ”Todos são bem-vindos. Todos são recebidos para trazer algo a ser consertado – e da mesma forma pessoas são igualmente bem-vindas a vir e ajudar nos consertos. Esses, aliás, são os dias que mais gosto, quando existe um maravilhoso equilíbrio – pessoas que vem para ajudar na costura, pessoas sentadas apenas para contar histórias, pessoas trazendo objetos para serem remendados. É ótimo quando todas essas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo.”
A intenção é de o projeto cresça e que os consertos possam ir além: “Quão maravilhoso poderia ser se, em um certo mês, fosse: ok, vamos focar no conserto dos currículos dessas pessoas? Traga seu currículo e nós teremos gente que sabe escrever bem ajudando você. Eu estou interessado em aumentar a capacidade do que o conserto pode ser.” Mais do que reparar roupas, Swaine tenta consertar vidas.
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