O parlamento da Tailândia aprovou na terça-feira (25/12) a legalização do uso da maconha para fins medicinais e de pesquisa. Com a decisão, o país se torna o primeiro do Sudeste Asiático a aceitar a prática.
A emenda apresentada pelo Governo foi aprovada com 166 votos a favor e 13 abstenções dos deputados legislativos. A medida também prevê a legalização para fins medicinais de kratom, uma árvore do sudeste da Ásia cujas folhas são usadas como estimulantes, analgésicos ou narcóticos.
A lei permitirá a posse de maconha e kratom para tratamentos prescritos emitidos por médicos, dentistas ou especialistas em medicina indígena ou tradicional. Segundo o presidente do comitê que elaborou a lei, Somchai Sawangkarn, a decisão foi um “presente de Ano Novo”.
“Este é um presente de Ano Novo da Assembleia Legislativa Nacional para o governo e o povo da Tailândia”, disse a autoridade, durante a sessão, que foi transmitida ao vivo pela imprensa tailandesa.
Em 1935 a Tailândia proibiu o uso da Cannabis e puniu com cinco anos de prisão aqueles que transportavam ou tinham até dez quilos, e para doses mais altas até 15 anos de prisão.
Exceção na região
Ao legalizar a maconha, o país se distancia das leis aplicadas por vizinhos como Cingapura, Indonésia e Malásia. Nesse locais o tráfico de maconha é passível de condenações severas, como prisão perpétua e pena de morte.
Em 2015, o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, sendo executado por um pelotão de fuzilamento. O paranaense foi preso em 2004, quando entrou com cocaína escondida em pranchas de surfe. Em muitos casos, a sentença máxima também é aplicada quando a droga em questão é a maconha.
(*) Com teleSUR
NULL
NULL