O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou nesta quinta-feira (25/01) sua pré-candidatura a presidente da República, aprovada por aclamação pela comissão executiva nacional do PT, reunida em São Paulo. O ato veio um dia depois de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região manter a condenação do líder petista no processo relativo ao tríplex do Guarujá.
Pela lei eleitoral, as candidaturas só podem ser oficializadas nas convenções partidárias, que ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto. Até lá, Lula será considerado “pré-candidato” e não estará sujeito à proibição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ex-presidente comentou o julgamento desta quarta (24/01). “Eles [desembargadores] formaram um cartel para tomar uma decisão com o pretexto de evitar a possibilidade de que o PT tenha Lula como candidato a presidente da República”, disse, chamando seu julgamento de “briga política”.
“Eu não cometi nenhum crime, e eles sabem que condenaram um inocente nesse país. Eles estavam efetivamente tentando condenar uma parcela grande do povo brasileiro e temem a possibilidade de esse país voltar a ser respeitado e bem governado”, acrescentou.
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Lula lançou pré-candidatura à Presidência da República
A cúpula da executiva do PT reuniu parlamentares, governadores e expoentes do partido para rechaçar a hipótese de um “plano B” para as eleições de 2018. Em tese, Lula agora poderá ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o que não permitiria sua candidatura à Presidência da República. Porém, enquanto todos os recursos apresentados pela defesa não forem julgados, o ex-mandatário pode registrar sua candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 20 de julho e 15 de agosto.
Outro risco que ameaça o ex-presidente é o de prisão. Quando todos os recursos possíveis na segunda instância se esgotarem, a pena poderá ser executada, a não ser que seus advogados obtenham alguma decisão judiciam suspendendo o cumprimento desta etapa.
O ex-mandatário foi condenado pelo TRF-4 a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido um apartamento tríplex no Guarujá (SP) como propina da empreiteira OAS. Ele nega ser proprietário do imóvel.
A sentença foi dada por unanimidade e endureceu a pena que havia sido aplicada por Moro, de nove anos e seis meses de prisão.
(*) Com Ansa