Apesar das especulações, a Alemanha negou que esteja planejando com a França uma divisão ou encolhimento da zona do euro, como forma de aplacar a crise econômica entre os países do bloco. De acordo com um porta-voz do governo da chanceler Angela Merkel, a ideia de uma zona do euro “a duas velocidades” é irreal.
Em comunicado, a Alemanha lembra que os chefes de Estado e de governo da União Europeia pediram, em 26 de outubro, aos presidentes da Comissão Europeia e do Eurogrupo, para que elaborassem um plano para o fortalecimento da zona do euro, incluindo alterações aos tratados europeus. “Todos os rumores que vão além disso são falsos”, garante o documento.
A reação veio após o jornal espanhol El País noticiar nesta quinta-feira (10/11) que os governos francês e alemão pretendem criar com os parceiros do Benelux (Holanda, Bélgica e Luxemburgo) um “núcleo duro” dentro da UE, que excluiu Portugal, Grécia e Itália. Citando “fontes envolvidas nas negociações”, o jornal espanhol afirma que de trata de uma estratégia que pode levar a alterações no Tratado de Lisboa.
Outras fontes citadas pelo jornal dizem que no núcleo do euro estariam mais nove países, entre os quais a Espanha, que “nas últimas semanas ganhou notável credibilidade e se distanciou claramente de Itália”, país que atualmente luta para recuperar a confiança dos mercados. “Paris e Berlim consideram que só devem partilhar a moeda única os países capazes de manter controlada a disciplina fiscal”, escreve o El País.
Segundo a reportagem do jornal, o maior entusiasta desse movimento é o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que pretende se reeleger em 2012 e está “preocupado em não perder a qualificação de AAA da dívida soberana” francesa.
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