Os seis oficiais da Marinha uruguaia processados por abusar sexualmente de um jovem no Haiti receberam liberdade condicional e deixaram a prisão. Um fiscal uruguaio afirmou à Associated Press que o caso pode ser encerrado já que a Justiça do país não estaria conseguindo colher o depoimento da vítima.
Os soldados são réus de dois processos, um de ordem militar e outro na Justiça comum. Na esfera da Marinha, os acusados respondem por fraternizar com civis dentro de bases militares. O juízo, no entanto, ainda foi julgado.
Já na esfera civil, os soldados são processados separadamente pelo crime de abuso. Entretanto, segundo a fonte ouvida pela AP, o caso só poderá ser julgado caso a vítima de 19 anos testemunhe.
Contatado pela AP, o haitiano afirmou que a Justiça uruguaia “sabe onde encontrá-lo”. O jovem disse ainda que não teria problemas para depor, mas para isso teria de ser levado ao Uruguai.
O vice-ministro de Defesa uruguaio, Jorge Menendez, afirmou que as autoridades tentam sem sucesso entrar em contato com a vítima. Menendez disse ainda que o jovem poderia ser levado ao Uruguai ou responder às perguntas necessárias sem deixar o país de origem. O vice-ministro não explicou, no entanto, como isso seria feito.
Abuso
Em setembro de 2011, um vídeo divulgado na internet mostrava os soldados abusando sexualmente. A gravação foi enviada à sede da ONU (Organizações das Nações Unidas) em Nova York e, posteriormente, chegou ao Ministério da Defesa uruguaio.
Os militares faziam parte da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti) e foram repatriados após a divulgação do caso, que teria acontecido em uma base da ONU.
O episódio aumentou a pressão para que as forças das Nações Unidas deixem o país após outras denúncias de abusos de soldados.
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