O BCE (Banco Central Europeu) voltou a se mostrar irredutível quanto à possibilidade de revisão do pacto fiscal europeu. Em um discurso em Berlim realizado nesta segunda-feira (21/05), o alemão Joerg Asmussen, membro do Conselho Executivo da instituição, afirmou que o acordo “não deve ser renegociado nem suavizado”, mas apenas complementado com medidas para incentivar o crescimento econômico dos países signatários.
“O pacto fiscal pode ser complementado com medidas para aumento do crescimento. Isso faz sentido como suplemento, mas o pacto não pode ser renegociado nem suavizado”, disse Asmussen.
Asmussen, que também é filiado ao SPD (Partido Social-Democrata alemão), afirmou que as medidas fora do padrão estipuladas pelo grupo conhecido como Troika (BCE, Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional), adotadas para lutar contra a crise da dívida, são “de natureza temporária” e podem ser retiradas a qualquer momento se surgirem riscos à estabilidade de preços.
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Existe uma crescente pressão na zona do euro, liderada pelo recém-eleito presidente francês François Hollande, para que se estimular o crescimento econômico da União Europeia, que vão de encontro às medidas defendidas pela Troika e pela chanceler alemã Angela Merkel, que preveem cortes radicais de custos públicos.
Embora seja adversário político de Merkel, líder da CDU (União Democrata-Cristã), Asmussen defende a austeridade fiscal, e afirmou que o debate sobre crescimento versus austeridade é o “debate errado”. “Precisamos de ambos”, e também destacou a necessidade de uma consolidação fiscal e de reformas.
(*) com agências de notícias internacionais