Depois dos recentes ataques das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) nos departamentos de Cauca e Valle, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou nesta sexta-feira (02/11) que dobrará as operações contra a guerrilha.
Agência Efe
O presidente colombiano não aceitou a proposta das FARC de um cessar-fogo durante as negociações de paz no país
Em evento de comemoração ao 21º aniversário da Polícia Nacional, o presidente também fez críticas ao ELN (Exército de Libertação Nacional).
“Digo para as FARC e para o ELN que as instruções são claras e contundentes. Vamos atacar sem perdão. Estamos em meio a um diálogo, mas enquanto o acordo de paz não for alcançado, nossas operações dobrarão”, afirmou o presidente. Nesta semana, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, já havia adiantado os novos investimentos do governo no combate às guerrilhas.
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Santos também disse que as duas organizações fazem atentados contra civis por não terem capacidade de enfrentar as Forças Armadas do país. “Nas últimas 48 horas, tiramos de combate 16 membros da guerrilha: seis foram mortos, sete desmobilizados e três presos.”
Durante as últimas reuniões de negociação pela paz, realizadas em Oslo em meados de outubro, as FARC propuseram ao governo um cessar-fogo até o fim do diálogo para facilitar um acordo entre as partes. A proposta, porém, foi rejeitada por Santos que deu continuidade às operações contra as guerrilhas.
Nesta quarta-feira (31/10), um ataque das FARC em Pradera, no departamento de Valle, deixou dois mortos e 34 pessoas gravemente feridas. A partir desse episódio e de outros atentados dos últimos dias, o chefe das Forças Armadas colombianas, Alejandro Navas, acredita que a guerrilha se uniu a outros grupos da região.